terça-feira, 19 de abril de 2011

O valor da vida





É tema que neste momento, por razões óbvias vem ter comigo como uma seta. E talvez mais do que o valor da vida (valerá de forma diferente para cada um, consoante o valor que lhe atribui, e a sua escala de prioridades), falaria do desprezo pela vida.



Estou a pensar em algumas situações deste fim de semana, e de uma notícia que ouvi hoje.


Comecemos pelo fim de semana: um autocarro transporta 30 e tal hemofilicos, e numa curva, aparentemente em excesso de velocidade, capota, e mata uma pessoa e por milagre não mata mais; um choque frontal em Montemor, onde morre uma pessoa, numa excelente estrada, com total visibilidade e muito espaço, carros de alta e média gama, carregados de gente; uma senhora de 65 anos despista-se na autoestrada e morre; um acidente de incúria no qual um empreiteiro faz obras descendo um cabo eléctrico quase ao nível da estrada, e não qualquer estrada, mas o IC1, duas motas são presas pelo cabo que não está sinalizado, e um motard morre.



Será que esta gente está farta de viver, ou está farta de ver os outros vivos? Será que o valor da vida também teve o rating baixo por alguma agência de rating para um nível de "lixo"? Tanto desleixo e desprezo por um bem afinal insubstituível, que não se compra em nenhum centro comercial.



E agora a notícia que ouvi há pouco no "Amor é...", uma rubrica do Júlio Machado Vaz, na Antena 1; um hábito que cresce alguns países da Europa Central, a civilizada, que decide se podemos receber o "guito" do FMI aliás "FEEF", segundo o nosso Presidente, esse hábito, dizia, consiste nos jovens colocarem vodca, ou outras preciosidades alcoólicas fortes, em tampões, que depois introduzem na vagina (as meninas), ou os que não a têm, no ânus, para rápidamente apanharem um grande pifo, e não se notar pelo hálito, com todos os riscos inerentes ao contacto desses produtos com as respectivas mucosas.



Mas afinal o que é isto? Para onde se vai tão depressa? Procuramos o quê?



Descartamos a vida que nos foi dada em troca de um imediatismo sem sentido ?

1 comentário:

  1. Caro Amigo Carlos,
    Triste sociedade que não dá valor a nada nem à vida.
    São noticias que nos deixam aterrorizados.
    Quem tem tanta pressa de viver, acabar por sedo morrer.
    E o meu Amigo que dá tanto valor ao viver.
    Um Abraço,
    Ana

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