domingo, 17 de abril de 2011

Uma tarde de vento

Ontem o Algarve, que já não via há meses. Pouca gente, muito vento, mar encarpelado em Armação de Pêra. Só um ou dois surfistas, e meia dúzia de resistentes, acoitados debaixo dos abrigos de vento. Um mau prenúncio para a Páscoa. No entanto, num dos países mais endividados do mundo os hoteleiros falam de uma excelente taxa de ocupação, e não se encontra bilhete para Brasil, Cuba, Cancun, Cabo Verde e outros destinos, pois o Zé Portuga já não dispensa férias intercalares. Sinais de tempos em que ninguém quer prescindir de nada. Passei pela primeira vez desde que saí de S.Marta pelo Retail Park em Portimão. Pouca gente, mas senti-me um pouco perdido naquele ambiente de que me desabituei. Portimão está agora cheio de Centros Comerciais, agora abriu um novo o Aqua, e numa altura em que se regista uma diminuição das áreas que vão abrindo nos países da Europa, em Portugal as áreas que abrem não cessam de aumentar. Eternamente em busca da última novidade, os portugueses vão passando de centro em centro, abandonando aquilo que antes gostavam, o que começa a colocar problemas aos centros comerciais mais antigos que não conseguem sobreviver. Regressei a casa com a cabeça um pouco azamboada, as pernas a doer, e uma sensação de incapacidade, pois foi a primeira saída a estes "apreciados" locais de comércio. O vento teve parte da culpa.

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