Presos a um programa que o seu Partido assinou, falta espaço a Seguro e Assis para grandes rasgos. Quem viu ontem o debate dos dois na SIC Notícias ficou, por um lado espantado com a capacidade de produzir "lugares comuns" da parte de Seguro, que diz o que sabe que os ouvintes gostam de ouvir, num discurso redondo e sem conteúdo, mas que deve deixar descansada a clientela política do PS, segura de que nada vai mudar, e que, em troca do seu voto, os interesses serão acautelados. Quanto a soluções, apenas vagas manifestações de intenções. Desfila no horizonte o pior, é afinal, e ao contrário do que se poderia esperar, o candidato da continuidade (curioso como ex-socráticos rapidamente mudaram de campo).
Assis, manifestando mais arrojo, e ideias, por vezes também se deixa vencer pela impetuosidade do discurso, que avança a uma velocidade dificil de acompanhar. Manifestamente um candidato poderoso, escolhe um caminho de maior ruptura em termos da organização interna, mas é perigoso para os interesses instalados que não hesitou em denunciar.
Como sempre, não é por este caminho que se ganham eleições, e muito menos as eleições internas de um partido grande. Assim seguramente, e pisando o chão com muito cuidado, Seguro caminha para a liderança sem surpreender, e para aquilo que parece ser o apelo da mediocridade ao poder.
Esperemos que me engane...
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