quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Quatorze por cento

O último número do desemprego em Portugal, quarto no ranking da UE. Marca de governações enganosas, de mania das grandezas de alguns governos, que entraram por projectos de fachada sem real sustentabilidade, marcas da austeridade e das suas consequências naturalmente recessivas. A culpa é de quem? do actual governo, não me parece, pois a situação herdada conduziria a agravar a recessão, já dos anteriores "muito, pouco, nada", a nossa baixa capacidade de investir na indústria, de atrair investimento externo, de praticar uma política com base na inovação e não em baixos salários, e que jamais fez face a outros países que ainda praticam salários piores, caso do Leste, e do Extremo Oriente, a mão de obra pouco qualificada, os gestores incompetentes, mais patrões que verdadeiros gestores, deslumbrados, e com baixo nível de formação, e claro, a crise que alastra na Europa, e afecta os nossos mercados de exportação. No caso particular do Algarve a força do imobiliário e da indústria turistica, muito afectadas pela crise nada ajudam. Varinhas mágicas não existem, e quem disser que tem, mente !!!
Dar tempo ao tempo, com políticas sociais que permitam aguentar (não percebo tanto escândalo com a história das cantinas sociais, que não sendo solução, remedeiam os casos mais graves), e na medida do possível, adoptar políticas que estimulem a economia e daí o emprego. Mas são anos... anos, até que se tenha uma viragem. Só depois de se estar a crescer ao menos 2 a 3%, se poderá notar a inversão do emprego, e a recessão só tem menos de 2 anos e está ainda para durar. Daí haver necessidade de cerrar os dentes e proteger o emprego que ainda existe, permanente, temporário ou precário, seja qual for.

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