Acerca das recentes notícias sobre as hipotéticas decisões da Segurança Social, plafonamento das reformas, alteração da idade de reforma para 67 anos, ontem insuspeitos comentadores vieram condenar. Os insuspeitos são Bagão Félix, Manuela Ferreira Leite e Angelo Correia, que claramente referem que o aumento da idade não se justifica pois o sistema existente, criado no tempo do ministro Vieira da Silva, já contempla um indice do sustentabilidade, que incorpora o aumento da esperança de vida no cálculo da idade de reforma que neste momento se situa nos 65 anos e 4 meses, que deve deixar a srª Merkel sempre apta a gabar as decisões da Deutshland, sem repiração. Por outro lado o plafonamento a aplicar-se, nada poupa, podendo até trazer no imediato uma quebra de receitas, sendo que a diminuição da despesa só se verificará daqui a 30 ou 40 anos quando os "plafonados" se reformarem. Assim este o pior momento para tal medida, mesmo na perspectiva do Governo. Assim mais vale estarem quietos e estudarem melhor a lição.
Por outro lado o rompimento unilateral de um "contrato" com pessoas que confiaram durante anos milhares de euros ao Estado, para este lhes assegurar a reforma com determinadas características não augura nada de bom acerca da credibilidade do Estado. Por exemplo, dizem alguns políticos que não sabem se daqui a 10 anos há dinheiro para as pensões, mas ainda não ouvi dizer que daqui a 10 anos não há dinheiro para pagar as PPP, porque aí há contratos blindados feitos por grandes sociedades de advogados. Então e os reformados não têm também um contrato com o Estado, só que tiveram azar, confiaram em quem não deviam.
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