quarta-feira, 5 de julho de 2017

Whiplash, vontade sem limites

Vi "Whiplash" já do ano passado, curioso que é do mesmo realizador que este ano fez o aclamado "La La Land". É dos filmes mais incentivadores que vi desde sempre. Para quem não conhece o enredo, é simples e resume-se a uma jovem que sonha em ser baterista de jazz. Para mim tem ainda esse suplemento, pois adoro jazz, e jamais vi algo que elevasse tanto o esforço de alguém que quer muito, muito que até vai conseguir. Teimosia, obsessão, fixação, excesso, quando se quer tudo vale. Esforço, trabalho, irracional, animal, preparado para tudo e para todos os trambolhões, os desânimos, os desaforos. Quando se quer muito, até desistir pode ser uma forma de conseguir ! Vencer a barreira de alguém que parece nascido para nos contrariar, para deitar ao chão, e nos diz na cara que essa é uma forma de incentivar... de destruir o lado de auto comiseração que há em nós, o lado medíocre que se conforma com a média, o lado que nos pede descanso na luta, que abranda o guerreiro, que propõe tréguas, que levanta  a bandeira branca a léguas do objectivo, que propõe a paz de espirito quando o mar está por atravessar. Grande lição, grande filme pequeno, pequeno grande filme !

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