sábado, 19 de novembro de 2011
Fados
Eu sei que é defeito meu, mas não gosto de fado. Agora que se prefigura a escolha do fado com património imaterial da humanidade, pela UNESCO, e espero que sim, que seja escolhido, continuo com um preconceito contra esta canção dita imagem do país. Por mais que me esforce não consigo gostar, e na minha prateleira apenas consta um disco de fado, que comprei, mas que nunca ouço, e mais dois que me foram oferecidos, mas que são um quase fado. Sei que estou acompanhado neste meu gosto, ou falta dele, e que é provável que se trate de mais uma extenção da juventude, dos célebres três F's do salazarismo. É preconceito mesmo, não será ? Isto vem a propósito da Quadratura do Círculo, na SIC Notícias de 5ª feira passada, que nos apresentou um excelente programa em que este assunto foi abordado, com música ao vivo, e comentários dos habituais. Esclarecedor mais uma vez.
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Espero também que o Fado seja decretado património etc e tal da Unesco ... e até cheguei a gostar de ouvir a Amália, sobretudo acompanhada pelo Don Byas, mas cada vez que me dou conta de um certo ar marialvista cantarolante, predestinado e saudosista das misérias mais franciscanas e pardacentas que o estado novo fazia embandeirar em arcos bairristas encimados por nossas senhoras de fátima ladeadas de guitarras, canoas e uma ou outra bola de futebol encrostada de (a)lantejolas, sobe-me logo uma azia e um eriçar de pêlos que só a custo de muitos blues consigo refrear...
ResponderEliminarOlá
ResponderEliminarPois é quem viu, viveu e sentiu não pode esquecer. Se calhar é uma injustiça que estamos a fazer, que esta geração está a fazer, mas há tantas outras, bem mais graves, e o fado nem tem razão de queixa, hoje debaixo de qualquer pedra aparece um fadista com sucesso.