domingo, 20 de novembro de 2011
Serviço público quem o salva
Sabe-se que muito se tem falado do célebre relatório acerca do serviço público de rádio e televisão. A maioria dos comentadores mandam pendurar o relatório no WC, com o verso, parte mais útil do relatório, voltado para cima. Sem polémica veja-se um exemplo. Ontem a RTP2 apresentou um documentário, excelente, chamado "O meu nome é António da Cunha Telles". Nele se traça o percurso de vida cinematográfica deste produtor, realizador, exibidor, etc, que tanta influência teve no cinema português, desde os finais dos anos 50 até aos dias de hoje, pois continua a trabalhar. Quem não lembra a produtora Animatógrafo, o cinema Universal ou o Quarteto, ou o filme "O cerco", e mais recentemente os filmes produzidos para a SIC. É talvez a maior personalidade do cinema em Portugal, estando inclusive ligado à obtenção de um Óscar. Nem sempre gerando unanimidade, mas por todos reconhecido pelo que fez e pela dedicação, muitas vezes sacrificando certos preconceitos, em nome de um pragmatismo necessário. Ontem, desde há muitos anos, vi a figura inesquecível de Maria Cabral, no filme "O cerco", talvez o maior sucesso comercial do chamado Novo Cinema Português, em 1969, em pleno marcelismo, que ali é o pano de fundo. Pergunto: em alguma TV privada este documentário seria passado ?
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