Em curso a greve geral. Já ontem, a partir das 22 horas, os jornalistas pululavam para dar notícias e não notícias. Hoje os lideres proclamam as vitórias, por enquanto o governo ainda não respondeu, e ainda não vi números nem a habitual esgrima de valores que passam por ser únicos e verdadeiros de ambos os lados. Acho bem que as pessoas se exprimam e se estão descontentes, estão de certeza, que o expressem. Mas não venham dizer que isto ajuda a resolver algum problema, pois só complica...
Aqui na minha vila do interior, Ourique, passava pelas ruas e tudo normal. Não verifiquei adesão do cidadão normal. Talvez na escola, talvez na autarquia, talvez nas finanças ou no centro de saúde, talvez, não pude confirmar. É aí que está quem pode suportar os custos, entidades patronais (o Estado em todas, isto é o contribuinte) e funcionários. Um dia de compras para se ir à Guia adiantar algumas prendas, pobres prendas este ano. De resto, quem precisa de viver está no seu posto a batalhar. Sei que estou a ser um pouco cínico, eu sei e peço desculpa por isso, mas é de novo o país a duas velocidades. Quem trabalha para o Estado, e os outros. Quem tem garantias e quem não tem. Quem está nos grandes centros, onde a vida é mais automática, e o salário lá vai estando pois o Estado acaba por pagar, e quem tem o fim do mês dependente do que faz ao longo dos dias, e sem trabalho nada feito. E depois nestas terras de provincia, o peso dos reformados, dos que auferem o RSI, ou um subsídio de desemprego tirado a ferros. E estes não estão de greve, há muito que estão condenados ao banco do jardim, ou ao biscate. Desculpem se fui reacionário !!!
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