sexta-feira, 20 de maio de 2011

Ausência e arte de viver

Desde segunda que tenho estado ausente deste local de novidades, onde o meu umbigo dá notícias de si, e de outras coisitas ao mundo que para ele se deve estar borrifando e bem !

Mas os últimos dias têm tido uma carga de sofrimento físico que não têm permitida a cabeça funcionar, libertar-se de uma letargia, de uma carga que a impede de reflectir. As dores situm-se na região lombar, são intensas, quase incapacitantes, e não há técnica ou mesinha que seja eficaz, e de tudo se tem experientado, desde fisioterapia, a massagem, carradas de analgésicos, relaxantes, pensos quentes, sentado , de pé e deitado. Assim não há arte de viver que resista !

Ontem estive na "minha segunda casa", e de uma radiografia à coluna se conclui que por ali há gato. Parece que as vértebras, não terão gostado da cama prolongada, e da imobilidade e falta de massa muscular, e decidiram apertar-se umas contras as outras, entrando em esforço. e eu que as aguente...

Agora só ortopedista pode dar um palpite, e é o que tem de ser feito. Enquanto lá vou e não vou, mais uma intercorrência para me dar volta à cabeça.

Transplantado sofre... e não necessáriamente do seu novo coração, que vai batendo impávido e sereno, no meio destas pequenas tempestades com que Deus vai "testando" a minha esperança na recuperação. Até agora acho que tem sido "desafio superado" e vai continuar a ser, mesmo tendo de cerrar os dentes .... e apertar bem apertado.

2 comentários:

  1. Mais uma vez, tenho que elogiar a sua arte de escrever! Escreve tão bem, e relata tão bem o que se passa consigo, que quase que também consigo sentir as dores... Huum... parece-me que vem aí mais uma operação, desta vez para concertar a coluna... coragem!!!
    Desafio a desafio, vai superando tudo!
    Ainda bem que esta questão da coluna surgiu só agora... teve tempo de se recompor do transplante.
    Força, coragem e boa sorte!!
    Claudia

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  2. Espero bem resolver com métodos menos invasivos, até porque qualquer cirurgia, que não seja de vida ou de morte, me está vedada por enquanto. O médico de S.Marta pensa que talvez um colete resolva. Mas não é ortopedista. Amanhã domingo vou falar com médica de famíiia, a nossa muito amiga Drª Ana, a ver qual a orientação que me dá. De resto é aguentar com analgésicos. BJs

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