quarta-feira, 4 de maio de 2011

O caminho de regresso

Amanhã, a tudo se confirmar, terei alta e regressarei a casa. Claro que o caminho de regresso é o mesmo que me trouxe para aqui, e pode voltar a trazer mal seja necessário.

Já sinto necessidade de respirar outro ar. Treze dias de internamento para dar cabo de uma bactéria já me custa, embora não haja outro caminho.

Em casa vou ter de encontrar um precurso em que a doença não se torne no alfa e o ómega da nossa vida. Não é fácil, os homens são piegas e lidam mal com a doença e a dôr, mas eu já estou doutorado "honoris causa" nesta temática, e tenho cada vez ter mais claro para mim que nem tudo se resume a um corpo fragilizado e a uma alma perturbada pela sua própria incapacidade. Acho que já dei provas de capacidade para enfrentar com toda a força e usar "o animal que espeta os cornos no destino", nas palavras de Natália Correia.

De regresso ao Alentejo, já é um bom começo.

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