quarta-feira, 11 de julho de 2018

Uma estranha forma de demissão

Tem muita gente que se demite. Alguns andam sempre com uma carta de demissão no bolso, ou com uma palavra de demissão na boca que cospem cada vez que as coisas não são como lhe parecem, ou como gostariam que fossem, independentemente das realidades ou das boas intenções. Agora que demitir seja um acto civico tenho mais duvidas. Um acto de participação solidária, dá para rir. Demitir para perguntar o que sempre se pôde perguntar, apenas porque não se quer ouvir ou não se compreende as respostas, ainda mais. É muito estranha a forma de ver as coisas aqui no campo. Tudo tem uma velocidade, um empenho, uma responsabilidade bem diferente. Verdade, hoje somos reformados e nada pode exigir a visão do passado, mas o passado ensinou-nos a não virar a cara e a lutar para "melhorar as coisas". E as coisas têm de ser melhoradas, encontrar soluções. Vamos virar a cara, passar para outros, falar amanhã... sempre amanhã. E a culpa é sempre dos outros. Nós somos sempre perfeitos, mesmo no que não fazemos. Estranha forma de ... demissão.

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