domingo, 5 de setembro de 2010

Os anjos da guarda


Dizer que acredito em anjos, com asinhas, esvoaçando à nossa volta, não, não acredito. Mas que os há, há !!! Pessoas que nos rodeiam e nos protegem, como se de anjos da guarda se tratassem, e procurassem encaminhar, proteger, afastar algo de mal que possa acontecer. Queria salientar três.

A minha mulher Maria Augusta, que nestes tempos conturbados que tenho passado, de dúvidas que também a afectam, talvez até mais do que a mim, pois tenho um sentimento mais real do problema que trago comigo, tem sido de uma dedicação total. Eu sei que faz muitas coisas que não seria o que escolheria para si, apenas para me proteger, velar e manter com zelo a minha auto-estima. Longe de ter asas, este anjo da guarda é eficaz, sabe aproximar-se, mas também afastar-se, para manter a sua mente fria, de maneira a poder continuar a ajudar. Dificil é retribuir, como será sempre para os outros anjos, quando apenas tem para se dar um olhar triste.

Segundo anjo, a Drª Ana Monsanto, que me tem acompanhado, para além de uma normal médica de família, é uma pessoa amiga, para quem um telefonema basta, para que se disponibilize a trazer-me a sua palavra, sempre de quem já me viu em melhores dias, e procura que acredite no retorno desses dias, é também um pouco "psicóloga", sendo também para a Maria Augusta um grande incentivo.

Terceiro anjo, e não menor, a Drª Maria José Duarte, que tudo tem feito para encontrar caminhos, abrir portas, quando precisam de ser abertas, para quem um telefonema pode trazer um alento, uma esperança. A Maria Augusta diz que quando a vejo fico logo melhor, talvez pela segurança e tranquilidade que transmite, pela calma que me imprime, é uma pessoa que tem sempre uma solução a propor, mesmo que seja abrir uma porta noutro local.

Para mim, que confesso, não tinha os médicos no primeiro lugar da minha lista, encontrar estas pessoas, e ainda por cima no Serviço Nacional de Saúde, mudou em muito a minha opinião. E estão de fora outros que pela competência permitem que viva uma vida até certo ponto normal, fora as evoluções mais recentes.

Estes são os anjos que conheço, sem asas nem penas, mas com muita capacidade de voo.

1 comentário:

  1. Caro Amigo Carlos,
    Ser Médico de Família é ser aquele "elemento da Família", disponivel, que olha para o paciente como um todo, e não um orgão doente. Como uma pessoa com passado, com vida própria, com projectos e com sonhos. E que está numa Família ( e todas são diferentes e especiais).
    A minha maxima de trabalho, é que " podia ser eu", logo é especial.
    Ser chamada de anjo, é um elogio que nunca saberei como agradecer, e não sei se merecido. Anjo a Maria Augusta, e que ANJO ( um bom anjo)).
    Estarei sempre disponivel.
    E penso que todos somos anjos uns dos outos.
    E digo isto porque estava neste momento mais em baixo e pensei ir consultar o seu Blog.
    Agora foi o Carlos, que com as suas "asas" me "levantou".
    Obrigado.
    Conte sempre comigo,
    Bjs,
    Ana
    PS: Descoberto um dogma! Os anjos têm sexo- FEMININO!

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