terça-feira, 6 de dezembro de 2011
Afinal havia folga ...
Que grande lata. Agora Seguro, com o ar mais ingénuo do mundo, a dizer que tinha razão na guerra das almofadas. Ora a ver se a gente se entende. Quando é que eu posso dizer que tenho um excedente ? Quando tenho algum dinheiro no bolso, e, não tendo encargos já vencidos, lhe posso dar o uso que entender, comprando uma prenda, um perfume, um livro, ou dando esmola a um pobre. Ninguém tem nada a dizer pois estou em dia com todos os meus credores. Não é o caso. O Governo, ao transferir o fundo de pensões dos bancários para a esfera do OE como receita, equilibrou de forma artificial o deficit, e ficou com dinheiro não previsto, mas as dívidas colossais do Estado a fornecedores, mais de 4 000 milhões de euros continuam. Assim o minimo que se pode fazer é pagar essa dívida ou parte dela, e não distribuir o dinheiro pelos portugueses para que possam dar o destino que entenderem, ficando o Estado com os calotes, os fornecedores a arder, os bancos a quem estes pediram para sobreviver, sem a liquidez correspondente, pois não recebem, e as PME sem crédito, pois se os bancos não têm liquidez não há crédito para ninguém. Esta a verdade. Portanto sr. Seguro, não esteja tão seguro do excedente. Excedente só existe quando não há dívidas. Não seja ridículo com essa sua posição, aliás simpática, pois até o mais simples dos portugueses percebe que se trata apenas de má consciência.
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