segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
O perfumista
Terminei a leitura de "O perfumista". Foi-me recomendado na Biblioteca Municipal e o seu autor, Joaquim Mestre, foi director da Biblioteca de Beja, entretanto prematuramente falecido. Uma boa descoberta, um livro de grande beleza, muito bem escrito, que nos remete para o Alentejo do inicio do século XX, numa altura em que o acesso ao sul se fazia pelo rio Guadiana, e os portos fluviais tinham aí uma importância que hoje está esquecida. Ficção de personagens que atravessam a narrativa e trazem agarradas a si as suas estórias, reais ou fantásticas, do Alentejo como terra de tensões dramáticas, o suicidio por exemplo, ou de mistérios e encantamentos. Em pano de fundo está também a guerra, a primeira guerra mundial, e o seu impacto na vida da pequena localidade, a epidemia, e sempre presente a certeza de que o olfacto pode ser uma forma de expressão.
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