Se houvesse dúvidas quanto aos desígnios do Senhor, dois factos recentes, aparentemente sem relação, mostram que é indiferente às orientações políticas e ao que cada um pensa da sua própria governação. Em dias consecutivos morreu Vaclav Havel, antigo presidente da Checoslováquia, e primeiro da democracia, reconhecido por todos como um grande homem de cultura, que libertou um povo do jugo da União Soviética, homem que merecia o respeito de todos. Pouco depois Deus "decidiu" compensar-nos, livrando o mundo dessa erva daninha chamada Kim Jong il, o "querido líder" da Coreia do Norte, segundo na dinastia proto-comunista do país, onde sucedeu ao pai Kim Il Sung, fundador da "pátria". Sucede na dinastia o filho mais novo, salvo erro, Kim Jong Un, num sistema "democrático", que se eterniza, escravizando o povo, sob a pata de uma geração sanguinária, que envergonha qualquer regime totalitário que se tenha conhecido (ler a propósito o livro "Os aquários de Pyong Yang"), e que é uma ameaça para o mundo tal a demência e a total inversão de valores de um regime que troca o armamento pelo pão de um povo que passa fome.
Como pode Deus amar da mesma forma estas duas personagens? Fica-nos a consolação de que Deus escreve direito por linhas tortas.
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