quinta-feira, 15 de março de 2012

Debate de urgência

Tenho seguido com alguma atenção os debates na AR, através da SIC Notícias, nestes últimos meses. Coitado, devem alguns pensar...
Vale a pena ver, quando se pode, para ter-mos a verdadeira noção daquilo que se diz, acerca da qualidade, já não diria dos nossos políticos, mas da maneira de fazer política.
Ainda hoje o debate de urgência acerca da questão da gestão dos fundos do QREN. Desde logo o tema, agendado pelo PS. A forma como se agendou à pressa este debate mostra que o que comanda estas decisões não será a sua maior ou menor relevância, mas o facto de ser um assunto da "agenda mediática". Assim parece ser a comunicação social quem define do que se fala, e os políticos vão atrás. É triste ver grandes partidos, deputados eleitos a fazer de caixa de ressonância das notícias, verdadeiras ou falsas das "agências de comunicação". Depois o nível do debate, salvo algumas exceções, centra-se nos "casos". Os argumentos são banais, as intervenções previsíveis, o debate de ideias não existe, as alternativas, se as têm, nas as apresentam. São críticas e críticas, por parte da oposição, como se o governo tivesse o dom de só fazer coisas erradas, ou dos partidos do governo, como se a oposição só propusesse asneiras. O tom é de irritação ou ressaibiamento, de paternalismo ou de pouca educação. Dá-se uma ideia de desgaste e desperdício de energia. De perda de tempo. As conclusões que se retiram já estão escritas à partida. Todos têm uma resposta diferente, "outro caminho", mas não dizem qual é, nem explicam porque quando foram governo não fizeram aquilo que dizem saber fazer, mas não dizem o que é.
Exasperante.

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