Era um velho hábito da nossa juventude. A tarde de cinema no cinema, ou até na televisão, a côr ou a preto e branco. Encantava-me.
Ontem repetiu-se a tarde. E pelo que vi Steven Spielberg continua no seu cinema de encantar. Agora apresenta-nos "Cavalo de Guerra". Um filme que retoma a capacidade que o cinema tem de nos encantar, emocionar, de fazer reflectir, de passar mensagens, neste caso positivas, apesar do contexto ser talvez a mais mortífera guerra de que há memória, a Primeira Guerra Mundial, em que os soldados ainda encaravam a morte olhos nos olhos.
Filmes acerca de "um rapaz e um cavalo" deve haver muitos. Filmes que tratam a relações dos homens com os cavalos, são vulgares, aqui a diferença está naquele toque de magia que Spielberg sempre introduz nos seus filmes, e que é capaz de emocionar, de remeter para as grandes questões do Homem, tais como a amizade, a guerra, a irracionalidade para a qual arrastamos o mundo, a forma como usamos os recursos para destruir aquilo que há de bom e de belo. Filme sem estrelas, como aliás é hábito em Spielberg, mas imagens magistrais, e como sempre, final tocante, em que afinal tudo se acaba por regenerar. Vale a pena.
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