Hoje é dia de greve "geral". Apenas uma das centrais a apoia, e é vital para ela e seus novos dirigentes o seu sucesso. Para nós, a greve não adianta nada, pois não estamos em posição de influenciar nada por esta via. Mais uma vez se falará numa "grande adesão" das massas populares, e o governo tentará reduzir o seu impacto, mas boa parte das "massas" iria trabalhar se tivesse transportes. Por isso vital é parar os transportes, e é aí que tudo se decide. No entanto neste momento não se vislumbra como os seus promotores vão fazer, quando a sucessão de greves penaliza já os magros rendimentos, apesar de ser "um investimento", segundo o recém eleito lider da CGTP, assim como um "depósito a prazo" que renderá juros quando "os amanhãs cantarem". Juros esses que irão para a conta da consolidação do poder das lideranças comunistas, que há falta de nos dizerem o que fariam perante a actual situação, deixam imaginar que a solução seria nacionalizar a economia, ocupar as terras, expropriar as "grandes fortunas", baixar impostos, aumentar salários, tornar gratuitas as prestações de sáude, e outras, reduzir os preços dos transportes, renogociar dívidas para as calendas, até dizer "não pagamos", etc, etc, etc. Só não nos dizem onde iriam buscar o dinheiro para um programa tão popular.
Mesmo assim continuo na minha, a panela de pressão tem de ter um escape... senão pode rebentar, coisa que os tais líderes não vão querer, a bem da sua sobrevivência política.
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