terça-feira, 28 de agosto de 2018

Foto do dia

Recebi uma foto da minha neta na piscina, metida na sua bóia na maior expressão de gozo e prazer que tenho visto nos últimos tempos, mostrando o quanto delira com a "sua piscina", o quanto retira da sua curta vida. Dois anos e picos e vibra com a vida como se se esgotasse tudo num minuto. Como se tudo fosse feito para ser desfrutado. E comprovo que o faz de uma forma que contagia. Sem querer começo a pensar nos sessenta e tal anos, e aquilo que perdemos, a incapacidade de projectar um futuro feito de bem estar e felicidade. As crianças bem nos tentam ensinar mas, burro que sou, não aprendo. Talvez porque permitimos que outros nos imponham a sua vontade, e na verdade somos impotentes para imaginar uma vida para ser vivida ao minuto, tirando partido dele como se não tivessemos mais nenhum. Não, o futuro faz nos pensar e impede-nos de viver livres, o passado das histórias de vida, bem ou mal passadas, interfere, constrange e limita, e o receio impede-nos de arriscar. E o contador vai marcando o tempo desprezado.

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